Código
RC007
Área Técnica
Catarata
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: HONORP
Autores
- ANA CAROLINA IGAMI NAKASSA (Interesse Comercial: NÃO)
- Rafael Torres Dos Santos (Interesse Comercial: NÃO)
- Masayassu Itikawa (Interesse Comercial: NÃO)
Título
TROCA DE LENTE INTRAOCULAR E CERATECTOMIA FOTOTERAPEUTICA: UMA OPÇAO PARA DIAGNOSTICO DE DISTROFIA CORNEANA DE MEMBRANA BASAL EPITELIAL APOS IMPLANTE DE LENTE INTRAOCULAR MULTIFOCAL
Objetivo
Mostrar uma opção de tratamento de paciente com lente multifocal tórica e posterior diagnóstico de distrofia corneana de membrana basal epitelial (DMBE), e quais características devem ser valorizadas na topografia de córnea pré-operatória antes de indicar a melhor LIO.
Relato do Caso
Masculino, 64 anos, com baixa acuidade visual progressiva em AO. No exame refracional, AVCC 20/50 em OD e 20/80 em OE. Na biomicroscopia, catarata N2 AO e catarata SCP em OE. Sendo assim, foi submetido à FACO com implante de LIO trifocal tórica PanOptix em OE sem intercorrências. MEC, MR e OCT de mácula pré-operatórios sem alterações. PAM 20/30 AO. Topografia na Fig. 1. No pós-operatório, AVCC 20/50. Retinografia, OCT de mácula, campimetria, RNM de crânio e órbitas sem alterações. Realizou-se a troca da LIO pela Acrysof SN60WF. Após isso, AVCC 20/40p. Nos seguimentos, identificada irregularidade subepitelial em “map like” compatível com DMBE, sendo realizado mapa epitelial (Fig. 2). Foi então submetido à PTK a 20μm com mitomicina-C por 30s sem intercorrências. Em última consulta (30ºPO) encontra-se AVCC 20/15 (SPH -1.00, CYL 0.00) e não deseja PRK para correção da miopia. Aguarda FACO OD com LIO monofocal.
Conclusão
A DMBE, também chamada de distrofia em map-dot-fingerprint ou distrofia microcística de Cogan acomete 2-10% da população e pode passar desapercebida nas avaliações pré-operatórias ou descompensar após procedimentos cirúrgicos, como a FACO. Sendo a FACO com implantação de LIO multifocal tórica um procedimento comum, os autores acreditam que a troca por uma LIO monofocal seguida por PTK seja uma boa opção e com boa acuidade visual final. O caso também serve de exemplo para o cirurgião oftalmologista para se atentar às topografias pré-operatórias com astigmatismo irregular ou irregularidades na topografia para uma investigação de DMBE antes da indicação da melhor LIO para FACO.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801