Código
RC278
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Fundação de Ciência e Pesquisa Maria Ione Xerez Vasconcelos (FUNCIPE)
Autores
- LUIZ QUARESMA EVERTON DINIZ VALE (Interesse Comercial: NÃO)
- LAÍS ALINE DE OLIVEIRA BARBOSA (Interesse Comercial: NÃO)
- AMANDA ALEXIA RODRIGUES VIEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
SINDROME DE TERSON: UM RELATO DE CASO
Objetivo
O objetivo deste relato é descrever um caso de Síndrome de Terson (ST), apresentando a evolução do seu quadro clínico e a complexidade do seu diagnóstico.
Relato do Caso
Paciente, W.K.B.J., masculino, 21 anos, refere episódio de cefaleia intensa após atividade física. Compareceu a atendimento em urgência clínica, sendo submetido tomografia computadorizada de crânio, demonstrando Hemorragia Subaracnóidea (HSA) FISCHER III cisternal + edema cerebral difuso, e arteriografia, evidenciando presença de aneurismas saculares em parede posterior da artéria cerebral anterior direita medindo aproximadamente 3,0X1,5mm. Dessa forma, foi realizado clipagem dos aneurismas em fevereiro de 2023, sem intercorrências. No 11º dia pós- operatório evoluiu com convulsões e rebaixamento do nível de consciência. Após extubação, referiu queixa de diminuição de acuidade visual e “mancha em visão”. Foi dada alta clínica hospitalar e orientado a procurar emergência oftalmológica. Ao exame, apresentava acuidade visual (AV) em olho direito (OD) 20/20 e em olho esquerdo (OE) 20/25. Biomicroscopia sem alterações e pressão intraocular do OD 10 mmHg e OE 12mmHg. Mapeamento de retina apresentando hemorragias intra retinianas em OD e pré-retinianas em OE, poupando região da fóvea em ambos olhos. Optando-se pela observação do quadro. Teve, então, como hipótese diagnóstica Síndrome de Terson.
Conclusão
Conclui-se que é necessário acompanhamento oftalmológico em unidades de terapia intensiva e que os médicos intensivistas e clínicos que manejam paciente críticos, saibam suspeitar doenças oftalmológicas, como a ST, em pacientes que, na maioria das vezes, encontram-se incapazes de verbalizar sintomas visuais. Dessa forma, seria factível desenvolver protocolos que incluam condutas oftalmológicas para estes ambientes hospitalares para pacientes críticos com diagnóstico de hemorragia subaracnóidea aguda.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801