Código
RC140
Área Técnica
Oculoplástica
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
Autores
- THAMARA JOYCE ALVES ROCHA (Interesse Comercial: NÃO)
- PEDRO SOARES CORRÊA (Interesse Comercial: NÃO)
- NATÁLIA D'ARC QUEIROZ PIMENTA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
MULTIPLAS LESOES DE MOLUSCO CONTAGIOSO PERIOCULAR E PALPEBRAL: RELATO DE CASO
Objetivo
Descrever o quadro de paciente com molusco contagioso em face com acometimento palpebral.
Relato do Caso
Criança, 02 anos, trazida ao pronto-socorro de Oftalmologia com relato de lesões em face há meses, com acometimento palpebral nos últimos dias. Não havia relato de contactantes com quadro similar. À ectoscopia, presença de protuberâncias em face, com acometimento bipalpebral à direita, com umbilicação central. Biomicroscopia não sugeriu acometimento ocular. Diagnóstico clínico de molusco contagioso. Pela elevada quantidade das lesões, optou-se por prescrever Imiquimode tópico em lesões faciais e, com pouca resposta terapêutica, equipe da Dermatologia foi acionada para acompanhamento conjunto. Manteve-se o imunomodulador com associação de perfuração das lesões com agulha fina por três semanas. No retorno, notada resolução parcial de lesões pré-existentes, porém surgimento de novas pápulas e, assim, a curetagem cirúrgica sob sedação anestésica foi proposta. Paciente está agora em seguimento ambulatorial regular.
Conclusão
Molusco contagioso é uma infecção dermatológica de etiologia viral, de caráter benigno. Pode acometer todo o corpo, sendo mais frequente em extremidades, face, genitálias e tronco. Embora raro, o acometimento palpebral também é descrito. Crianças e adultos imunodeprimidos são os grupos mais acometidos e a transmissão se dá principalmente por contato direto e, em alguns casos, via fômites. O diagnóstico é majoritariamente clínico, mas a análise microscópica pode ser considerada. Dentre os tratamentos propostos, tem-se a curetagem, a crioterapia e o uso de irritativos tópicos, sendo o primeiro o mais eficaz e com menos efeitos adversos. Embora seja considerado um quadro autolimitado, a remoção das lesões é indicada com o intuito de se reduzir a autoinoculação.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801