Código
RC133
Área Técnica
Oculoplástica
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Instituto de Olhos Ciências Médicas de Minas Gerais
- Secundaria: Pós-Graduação Ciências Médicas PGCM-MG
Autores
- BERNARDO DE MARIA MOREIRA OURIVES (Interesse Comercial: NÃO)
- Carolina Jimenez MIRANDA (Interesse Comercial: NÃO)
- Nelson Luis De Maria MOREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ENTROPIO CONGENITO – RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar um caso de entrópio congênito primário.
Relato do Caso
Paciente de 5 anos de idade, procurou o serviço de oftalmologia no Hospital de Olhos do Centro-Oeste, acompanhado dos pais, com queixa de epífora e sensação de corpo estranho em olho direito. Na biomicroscopia com luz azul cobalto e colírio de fluoresceinografia 1%, notou-se pequenas lesões inferiores na córnea direita com fluorescência positiva, tratando-se, então, de ceratite punctata. Após diagnosticado o entrópio de pálpebra inferior à direita (Figura 1), foi solicitada a cirurgia de Hotz (Figura 2), que ocorreu sem intercorrências e com excelente resultado.
Conclusão
O entrópio congênito é uma doença determinada pelo desenvolvimento inadequado da aponeurose dos músculos retratores da pálpebra inferior. Ao exame, pode ser observado deslocamento da margem palpebral com toque dos cílios nos olhos, o que determina a sintomatologia de sensação de corpo estranho e epífora, podendo evoluir desde a ceratite leve até abrasão e úlceras de córnea. O tratamento cirúrgico consiste em excisão da pele e músculo orbicular abaixo da área invertida, terminando com fixação com fio vicril 6.0 da pele à placa tarsal para reforçar a eversão da parte acometida – procedimento de Hotz. É de extrema importância o diagnóstico precoce e tratamento efetivo para evitar as complicações do entrópio na visão de pacientes ainda tão jovens.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801