Título

OSTEOMA DE COROIDE COM NEOVASCULARIZAÇAO SUB-RETINIANA: RESPOSTA A TERAPIA FOTODINAMICA - RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de osteoma de coróide com neovascularização sub-retiniana (NVSR) após tratamento com terapia fotodinâmica e sua evolução com ativação da membrana neovascular e posterior regressão com uso de injeções intravítreas.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 35 anos, em acompanhamento na Fundação Altino Ventura há 3 anos por osteoma de coróide unilateral em região peripapilar superior ao disco óptico de olho esquerdo, medindo aproximadamente 5mm em seu maior eixo, apresentava lesão hiperrrefletiva subrretiniana sugestiva de NVSR predominantemente do tipo 2 na topografia da neoplasia, sem alterações evidentes da região foveal e acuidade visual de 20/30 com correção. Foi submetida a tratamento com terapia fotodinâmica com verteporfina (PDT) em outro serviço tendo evoluído com descolamento de retina seroso acometendo região macular após 8 dias. Nesta ocasião foi realizada injeção intravítrea com triancinolona, porém durante seguimento a paciente evoluiu com refratariedade ao tratamento, tendo sido flagrado aumento do fluido sub-retinano no seu retorno com 7 dias. Foi então realizada injeção intravítrea com bevacizumab e observada posterior regressão gradual do descolamento seroso até a reabsorção completa do fluido sub-retiniano na reavaliação após 12 semanas. Persiste, com remissão de atividade da neovascularização, estabilização dos limites da neoplasia e mesma acuidade visual (20/30 com correção) até o presente momento (aproximadamente 6 meses após a aplicação do antiangiogenico e 7 meses do PDT).

Conclusão

O tratamento com verteporfina na terapia fotodinâmica é uma opção efetiva em promover a decorticação nos casos de osteoma de coróide com acometimento extrafoveolar, e também como tratamento da NVSR. Com o presente caso, buscamos descrever uma evolução atípica após a utilização do PDT, que é a reativação da neovascularização com fluido sub-retiniano macular, e sua resolução após subsequente tratamento com antiangiogenico intravítreo.