Código
P28
Área Técnica
Glaucoma
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Oftalmológico de Brasília
Autores
- HEITOR TOME REZENDE (Interesse Comercial: NÃO)
- ANA LAURA CARVALHO ACHKAR (Interesse Comercial: NÃO)
- LAIS LAURIA NEVES (Interesse Comercial: NÃO)
- CAMILA BARBOSA DEOLINO (Interesse Comercial: NÃO)
- JULIANA FRANGE MIRANDA (Interesse Comercial: NÃO)
- ROMULO PILONI PARREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- YASMIN ALVES PARREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- GIOVANNA L M VARGAS (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ANALISE QUANTITATIVA DE CONSULTAS DE DIAGNOSTICO E ACOMPANHAMENTO DE GLAUCOMA REALIZADAS PELO SISTEMA UNICO DE SAUDE (SUS) NO PERIODO PRE E DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19.
Objetivo
Analisar quantitativamente o número de consultas de diagnóstico e acompanhamento de glaucoma (CDAG) realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos anos de 2018 a 2021. O estudo avalia a importante redução dessas consultas durante a pandemia e seus impactos sobre a população.
Método
Estudo epidemiológico com dados obtidos no DATASUS (http://www.datasus.gov.br) referentes a consultas para diagnóstico e reavaliação de glaucoma (Tonometria, Fundoscopia e Campimetria) registrados na produção ambulatorial do SUS separados por região do Brasil nos anos de 2018 a 2021.
Resultado
Em 2018 tivemos 404.217 CDAG e no ano seguinte tivemos uma pequena redução para 381.688 consultas. Porém, com a chegada do vírus no Brasil e suas consequências, esse número de consultas diminuiu de forma significativa em 2020, chegando a 293.048 CDAG, uma redução de 23,22% em comparação ao ano anterior e de 27,50% em comparação a 2018. Se analisarmos por região, o centro- oeste foi o mais afetado, apresentando redução de 46,12% quando comparamos 2019 e 2020.
Conclusão
Glaucoma é uma neuropatia óptica crônica, progressiva e multifatorial caracterizada pela perda de tecido neural do disco óptico. Os sintomas iniciais são silenciosos. O diagnóstico precoce e seguimento adequado é importante, pois o prognóstico será bom se o tratamento for instituído o mais rápido possível e com acompanhamento adequado. De acordo com publicações do CBO, cerca de 2% a 3% da população brasileira (aproximadamente 1,5 milhão de pessoas) acima de 40 anos possui a doença. Com isso, o nível de prevenção secundária (diagnóstico precoce) e terciária (reduzir as complicações) se mostra essencial. Nesses casos, afim de reduzir a progressão, preconiza-se avaliação oftalmológica a cada 6 meses em casos iniciais e de 4 em 4 meses em casos moderados e graves. Com isso, a grande perda de acompanhamento durante a pandemia é preocupante, uma que o impacto da doença é multifatorial não só para a qualidade de vida do indivíduo, quanto também para o próprio SUS.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801