Sessão de Relato de Caso


Código

RC287

Área Técnica

Trauma/Urgências

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Policlínica de Botafogo

Autores

  • LAURA CARDOSO GUIMARAES (Interesse Comercial: NÃO)
  • CATHARINA PERUCHI SILVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • JOAO HENRIQUE CARDOSO MEIRELES COSTA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

CONJUNTIVITE POR CANDIDA TROPICALIS, DO DIAGNOSTICO AO TRATAMENTO: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar o caso de um paciente hígido com conjuntivite arrastada decorrente de infecção por Candida tropicalis.

Relato do Caso

Um homem de 22 anos, previamente hígido, sem história de trauma ocular, uso de lente de contato ou de antibióticos orais prévios, compareceu na emergência da Policlínica de Botafogo com história de conjuntivite em olho esquerdo com um mês de evolução, sem melhora ao tratamento com colírio antibiótico associado a corticóide. No exame biomicroscópico foi constatado quadro de blefaroedema, secreção purulenta intensa (Imagem 1), reação folicular desproporcional à ectoscopia, hiperemia conjuntival com áreas esparsas de defeito epitelial (Imagem 2) e córnea preservada. Foi solicitado cultura pelo swab da secreção conjuntival e exames de sangue sorológicos, sendo constatada presença de Candida tropicalis. O tratamento proposto foi com Itraconazol oral 200mg/dia e colírio de Anfotericina B 0,1% de 1/1h, além de colírio lubrificante sem conservante, acompanhamento semanal do quadro e redução da posologia do colírio para evitar toxicidade corneana. Após dois meses do tratamento antifúngico houve resolução do quadro.

Conclusão

As conjuntivites fúngicas são raras na prática oftalmológica e se apresentam como quadros arrastados e de tratamento longo, mesmo com o surgimento de novos fármacos. A infecção por Candida tropicalis apresenta maior virulência e resistência aos antifúngicos quando comparada com a Candida albicans. No caso relatado, o uso de corticóide como terapia inicial também pode ter contribuído com o crescimento oportunista do fungo, facilitando os mecanismos de imunossupressão ocular. Em casos de infecção prolongada, torna-se necessária a realização de cultura da secreção, para fins de tratamento direcionado e melhora do prognóstico.

Promotor

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Organização

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