Título

ANÁLISE DOS CASOS DE INTERNAÇÃO POR CONJUNTIVITE E TRANSTORNOS NA CONJUNTIVA ENTRE OS ANOS DE 2017 E 2022 NO BRASIL.

Objetivo

Analisar espaço-temporalmente e definir o perfil epidemiológico dos casos de internação por conjuntivite e transtornos na conjuntiva entre 2017 e 2022 no Brasil.

Método

Estudo observacional, transversal, analítico-descritivo e quantitativo. Os dados relacionados à notificação de internações por conjuntivite e transtornos na conjuntiva no Brasil foram obtidos por meio do DATASUS - Morbidade Hospitalar do SUS (SIH/SUS), no período de 2017 a 2022.

Resultado

Observou-se um número total de 16.329 internações no país no período pesquisado, sendo a região sudeste com a maior parcela desses casos, com 55,27% das ocorrências. Os anos de 2017, 2018 e 2019 foram os que ocorreram maior incidência no Brasil, com 3.915, 2.939 e 3.014 notificações, respectivamente; e os anos de 2020, 2021 e 2022 foram os menos incidentes, com 1.885, 1.863 e 2.713 notificações, respectivamente. Em relação ao perfil epidemiológico, as internações foram mais prevalentes em pacientes pardos (40,47%), na faixa etária de 45 a 49 anos (11,4%) e mulheres (51,39%). Dessas ocorrências, notou-se que 8 casos evoluíram para óbito, sendo 5 desses óbitos provenientes da região sul do país.

Conclusão

A partir das análises da pesquisa, foi observado que o perfil epidemiológico de um paciente internado por conjuntivite e os demais transtornos na conjuntiva tem maior incidência entre adultos em idade laboral , pardos, do sexo feminino, sendo que mais da metade das ocorrências são provenientes do sudeste, em concordância com demais estudos pregressos, que apontam maior assistência à saúde para pessoas de tal região. Vale salientar que foi demonstrada grande variação de internações entre os períodos pré-pandemia e pós-pandemia de Covid-19, demonstrando uma esperada diminuição a assistência oftalmológica da população a partir de 2020, tendo em vista a mobilização do Poder Público para conter a disseminação do vírus SARS-CoV-2, mascarando números de outras doenças com baixo índice de mortalidade.