Sessão de Relato de Caso


Código

RC296

Área Técnica

Trauma/Urgências

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Evangélica do Paraná

Autores

  • FELIPE POLITTA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Jéssica Calixto Cail Penteado (Interesse Comercial: NÃO)
  • Eduardo Merigo Rosset (Interesse Comercial: NÃO)

Título

TRAUMA PENETRANTE EM ORBITA OCULAR DE CRIANÇA MENOR QUE 2 ANOS: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar o caso de uma paciente de 1 ano e 11 meses com trauma penetrante de orbita ocular com ferro de construção de 23 cm sem dano grave ao olho e discutir sobre trauma ocular.

Relato do Caso

E.C., feminino, 1 ano e 11 meses, encaminhado ao pronto-socorro de oftalmologia devido trauma penetrante por haste de ferro em região do globo ocular direito (figura 1). Ao exame de admissão encontramos grande corpo estranho metálico transfixando pálpebra superior em direção ao globo ocular com presença de material vegetal e edema palpebral 4+/4 impossibilitando a abertura e avaliação ocular. Exame neurológico sem alterações, Glasgow 15, sem déficit. Encaminhada a UTI pediátrica para IOT, estabilização e posterior realização de exames. Os exames de imagem evidenciaram material metálico perfurante estendendo através da órbita lateral direita até a fossa infratemporal direita com sua extremidade no interior da parótida ipsilateral (figura 2). Paciente encaminhada então para cirurgia multidisciplinar de urgência para extração do corpo estranho (CE) de 23cm de comprimento com artefato transversal em extremidade distal (Figura 3). Durante procedimento realizamos a extração do CE, reconstrução da glândula lacrimal e da pálpebra e avaliação do globo ocular que se mostrou integro com apenas pequenas lacerações em conjuntiva. Paciente com boa evolução no pós operatório sem intercorrências, exibindo exclusivamente ptose superior direita. Restante do exame sem alterações. Apresentando visão e movimentação ocular preservada, assim como, biomicroscopia, pressão intraocular e fundo de olho normais.

Conclusão

Este caso elucida um importante trauma perfurocortante e estimula a discussão clínica para novas medidas preventivas, abordagens terapêuticas e diagnósticas para o trauma ocular que é um problema de saúde pública. Acidentes contusos são mais prevalentes, mas ferimentos perfurocortante apresentam maior gravidade e devem ser abordados por equipe especializada com urgência. Deve-se adotar medidas de proteção e reeducação da sociedade a fim de evitar estes acidentes.

Promotor

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Organização

Organizadora

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