Código
RC021
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: HCRP-USP
Autores
- VICTORIA HELENA STELZER ROCHA (Interesse Comercial: NÃO)
- Vivian Carvalho Sartori (Interesse Comercial: NÃO)
- Bruno Fonzar Tannous (Interesse Comercial: NÃO)
Título
CERATOCONJUNTIVITE LENHOSA: RELATO DE CASO COM APRESENTAÇAO PREDOMINANTEMENTE CORNEANA
Objetivo
Ceratoconjuntivite lenhosa é uma doença rara com manifestações oculares e sistêmicas. Consiste na formação de membranas em conjuntivas, trato gastrointestinal e respiratório, cujas ferramentas diagnósticas e o tratamento não são padronizadas e pouco disponíveis.
Relato do Caso
Trata-se do caso de um paciente masculino de 3 anos. Com história de produção de secreções, membranas e episódios recorrentes de prurido ocular, desde o nascimento. Realizou tratamento prévio com colírios antialérgicos e retirada manual de membranas, com manutenção de sintomas. Avaliado na Unidade de Emergência-HCRP, durante episódio de exacerbação dos sintomas, com apresentação clínica de membranas em conjuntivas tarsais bilateralmente e capa de fibrina firmemente aderida à córnea do olho esquerdo e oroscopia com membranas em cavidade oral. Tratado inicialmente com corticoide e antibióticos tópicos e sistêmicos, sem melhora significativa de sintomas. Posteriormente, realizou-se o diagnóstico de ceratoconjuntivite lenhosa com exame complementar com plasminogênio ativado 36% (reduzido). O paciente foi encaminhado para seguimento clínico com equipe de hematologia. Em relação a manifestação ocular, foi proposto tratamento expectante, com uso de lubrificantes oculares contínuo e corticóide tópico em período de exacerbações, devido a indisponibilidade dos tratamentos tópicos, descritos na literatura, em nosso serviço, com melhora parcial da opacidade corneana.
Conclusão
Ceratoconjuntivite lenhosa consiste em diagnóstico diferencial de ceratoconjuntivite alérgica, bacteriana e viral. Apesar de ser uma doença rara, apresenta grande impacto na qualidade de vida dos pacientes acometidos e há pouca disseminação científica de casos e tratamentos efetivos.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801