Sessão de Relato de Caso


Código

RC067

Área Técnica

Estrabismo

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
  • Secundaria: Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Autores

  • AMANDA PRADO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Eduardo de Almeida Rosales (Interesse Comercial: NÃO)
  • Graciele Scalco Brum (Interesse Comercial: NÃO)

Título

INTERVENÇAO CIRURGICA NA ESOTROPIA E DIPLOPIA SECUNDARIAS A ORBITOPATIA DE GRAVES

Objetivo

A orbitopatia de graves (OG) frequentemente associa-se com acometimento da musculatura extraocular, podendo causar posições anômalas de cabeça e diplopia em 26% a 45% dos pacientes. O respeito à cronologia das intervenções e adequada técnica cirúrgica oferecem potencial melhora na qualidade de vida do paciente através de ganho funcional e estético, conforme literatura e reforçado pelo presente relato.

Relato do Caso

Paciente, sexo feminino, 55 anos, tabagista em abstinência há 06 meses, com diagnóstico de OG há 07 anos, com queixa de estrabismo e diplopia após descompressão orbitária (figura 1). Apresentava, ao exame propedêutico, ET de 35-40 dioptrias prismáticas (DP) em olho esquerdo ao método de Krimsky. Referia também diplopia em posição primária do olhar (PPO), levo e supraversões. Tais achados justificados pela restrição muscular, em acordo com a literatura em relação a maior frequência de acometimento dos músculos reto medial e reto inferior. A cirurgia consistiu em recuo bilateral de 6mm dos músculos retos mediais. Em consulta de seguimento de um mês pós-operatório, a paciente referiu importante satisfação estética e funcional, referindo fusão das imagens em PPO ao exame. Apresentou pequeno desvio residual de ET OE de 8 DP e hipotropia de 4 DP no cover-test prismático (figura 2).

Conclusão

Apesar do desafio cirúrgico representado pelo estrabismo na OG, obteve-se ótimo grau de satisfação por parte da paciente com o resultado estético e resolução da diplopia em PPO e na maioria das versões. É preciso ressaltar a importância do respeito à correta sequência dos procedimentos na OG, sendo a correção do estrabismo realizada apenas após a descompressão orbitária, quando indicada. Também se mostram essenciais a estabilidade da doença clínica de base e abstinência do tabagismo pré-operatório, uma vez este último estando associado à descompensação da OG e diretamente ligado ao prognóstico e incidência de estrabismo nestes casos.

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