Sessão de Relato de Caso


Código

RC066

Área Técnica

Geral

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Shinzato Clínica Oftalmológica

Autores

  • MARCELLE NAOMI OSHIRO SHINZATO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Daniel Cunha José Karmouche (Interesse Comercial: NÃO)
  • Suzane Eberhart Ribeiro Da Silva (Interesse Comercial: NÃO)

Título

FOSSETA NASAL DE NERVO OPTICO: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever um caso de fosseta de nervo óptico, a fim de realizar diagnóstico precoce, seguimento adequado evitando complicações graves.

Relato do Caso

Paciente do sexo masculino, 15 anos, procurou atendimento para exame de rotina, sem outras queixas. Nega comorbidades, traumas oculares ou cirurgias oftalmológicas. Refere história familiar de glaucoma. Ao exame oftalmológico apresenta acuidade visual de 20/20 em ambos os olhos (AO) com correção de +1,00 de esférico. Biomicroscopia sem alterações.  A pressão intraocular (PIO) de 12 e 15 mmHg no OD/OE e paquimetria de 559 µ e 566 µ. Oftalmoscopia, apresentava retina aplicada, com alteração na camada de fibras nervosas nasais, discos ópticos corados, bordas nítidas, relação escavação disco (E/D) no OD de 0,3 com com fosseta nasal e discreto estreitamento da rima nasal, além de atrofia do epitélio pigmentar da retina em região nasal. Em OE E/D de 0,2 sem outros achados. Realizada campimetria computadorizada 24:2 sita fast, com bons índices de confiabilidade, observando em OD aumento da mancha cega.

Conclusão

A fosseta de nervo óptico uma anormalidade rara, acomete aproximadamente 1:11.000 pessoas. Manifesta de forma única e unilateral, associada a papila de tamanho aumentado e bordo irregular. Mais frequente em região temporal do disco óptico. Pode ser de etiologia congênitas, atribuída a um fechamento imperfeito da fissura embrionária ou adquirida. O reconhecimento desta alteração é fundamental para que a mesma não seja equivocadamente associada a outras patologias sendo importante realizar seu diagnóstico precoce e acompanhamento oftalmológico devido as altas taxas de complicações como o descolamento seroso macular em 25 a 75% dos casos. Exames de imagem, como a tomografia de coerência óptica, têm sido utilizados, no diagnóstico e acompanhamento das alterações retinianas e em anomalias estruturais no nervo óptico compatíveis com fosseta, como o aumento no tamanho do disco e diminuição da espessura da camada de fibras nervosas.

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