Código
RC140
Área Técnica
Oncologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Angelina Caron
Autores
- MARIA IZABEL MIZOGUCHI GUERRA (Interesse Comercial: NÃO)
- FELIPE TROVÃO DE FIGUEIRÔA (Interesse Comercial: NÃO)
- ANA BEATRIZ FERREIRA DO AMARAL ANTUNES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
CARCINOMA BASOCELULAR ASSOCIADO A MIIASE EM REGIAO PERIORBITARIA: RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar o caso de um paciente com miíase em região periorbitária e com diagnóstico tardio de Carcinoma Basocelular (CBC). Trata-se do tipo de tumor maligno mais prevalente da pálpebra, demonstrando a importância de não se negligenciar lesões palpebrais suspeitas.
Relato do Caso
Masculino, 81 anos, trabalhador rural, encaminhado de serviço externo após quadro de miíase em região periorbitária à direita. Relatou que, há dois anos, houve aparecimento de lesão verrucosa na pálpebra inferior ipsilateral, com crescimento progressivo. Ao exame oftalmológico de admissão, apresentava acuidade visual de olho direito de percepção luminosa e em olho esquerdo de 20/25. À inspeção, observou-se rinofima, pálpebra superior edemaciada, pálpebra inferior direita com perda de continuidade de região medial até nasal, com saída de secreção purulenta e ausência de tarso, músculos e conjuntiva. Após avaliação, realizado debridamento local com biópsia e, prescrito antibiótico e antiparasitário por via oral. O laudo do anátomo-patológico constatou carcinoma basocelular, variante sólido cordonal, com crescimento de padrão infiltrativo, ulcerado, invasor em derme, sem invasão angiolinfática e perineural. Paciente segue em acompanhamento junto ao setor de oncologia para início da terapêutica e abordagem cirúrgica.
Conclusão
O CBC apresenta-se na forma de um nódulo com bordas peroladas, ulceração central e vasos telangiectásicos. Os principais fatores de rico incluem exposição ao sol, idade avançada, imunossupressão, pele clara, sexo masculino e tabagismo. Apesar de ser um tumor com baixas taxas de mortalidade e metástase, o acometimento é bastante agressivo e em sua evolução compromete tecidos cada vez mais profundos e com potencial repercussão funcional. O manejo padrão é a excisão cirúrgica com margens negativas ou até mesmo a exenteração, de acordo com o tamanho e estadiamento tumoral. Assim, é necessário salientar a importância de um diagnóstico precoce para evitar um tratamento mais agressivo e com maior morbidade.