Código
RC212
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Faculdade de Medicina de Jundiaí
- Secundaria: Instituto Jundiaiense Luiz Braille
Autores
- FILIPE RAIMUNDI SAMPAIO DE OLIVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- GABRIELLE AREDES LEAL (Interesse Comercial: NÃO)
Título
TELANGIECTASIA MACULAR TIPO 2 (MACTEL): RELATO DE CASO
Objetivo
Descrever caso de Telangiectasia Macular Tipo 2.
Relato do Caso
MAPB, 61 anos, branca, queixa-se de baixa acuidade visual (AV) em ambos os olhos (AO) há 6 anos. Diagnósticos prévios de Hipertensão, Dislipdemia e Labirintopatia. Pseudofácica AO há 10 anos. Apresentou AV com melhor correção de 20/100+1 e 20/70. Pressão intraocular e biomicroscopia anterior dentro dos padrões de normalidade. À fundoscopia, notou-se, em AO, diminuição do brilho foveal e hiperpigmentação temporal. A Tomografia de Coerência Óptica (OCT) evidenciou, em máculas de AO, cistos em retina neurossensorial e interrupções da integridade das camadas externas. A Angiografia Fluoresceínica apresentou, em AO, hiperfluorescência precoce em região perifoveal, crescente e com alteração de forma e volume, sugestivos de extravasamento por staining. Assim, a principal hipótese diagnóstica foi Telangiectasia Macular (MACTEL) Idiopática, caracterizada por capilares retinianos incompetentes dilatados, uni ou bilaterais, perimaculares, de incidência desconhecida e não associada a doença sistêmica.
Conclusão
Divide-se a MACTEL 1 e 2. A 2, mais comum, acomete indivíduos entre 50 e 60 anos, bilateral e simetricamente, formando vênulas em ângulo reto com hipertrofia do Epitélio Pigmentado da Retina, diminuição do brilho macular e acúmulo de material cristaliniano na retina interna. A AV inicial é de 20/30 e descresce com o tempo. O exame padrão-ouro é a Angio-OCT. O tratamento da MACTEL Tipo 2, em casos de neovascularização, se dá com administração de antiangiogênicos. Não há consenso quanto ao uso de fotocoagulação a laser. A MACTEL é uma ectasia capilar da retina limitada à região perifoveal sem causa específica, causando perda de AV central. Dado o baixo índice de estudos sobre o assunto, evolução e tratamento da doença não são ainda bem definidos. Portanto, é de suma importância que a literatura sobre o tema seja incrementada, afim de progredirmos no diagnóstico, tratamento e seguimento dos pacientes portadores da doença.