Código
P57
Área Técnica
Neuroftalmologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade de São Paulo (USP)
- Secundaria: Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Autores
- PAULA BASSO DIAS (Interesse Comercial: NÃO)
- ANNA CAROLINA BADOTTI LINHARES (Interesse Comercial: NÃO)
- LAÍS FARIA MASULK CARDOZO (Interesse Comercial: NÃO)
- SÉRGIO ANTÔNIO ANTONIUK (Interesse Comercial: NÃO)
- KENZO HOKAZONO (Interesse Comercial: NÃO)
- LEONARDO PROVETTI CUNHA (Interesse Comercial: NÃO)
- MÁRIO LUIZ RIBEIRO MONTEIRO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
AVALIAÇAO DA CAMADA DE FIBRAS NERVOSAS DA RETINA PERIPAPILAR EM PACIENTES COM ESCLEROSE TUBEROSA
Objetivo
Pacientes com esclerose tuberosa (ET) apresentam comprometimento da retina com a formação de hamartomas astrocíticos. No entanto, poucos estudos avaliaram a presença de comprometimento em outros setores da via óptica. Esse estudo visa avaliar a espessura da camada de fibras nervosas (CFNR) da retina ao redor do nervo óptico (NO) em pacientes com ET e compará-la com controles normais.
Método
Medidas da CFNR ao redor do NO foram obtidas de 25 olhos de 13 pacientes com diagnóstico estabelecido de ET e 10 olhos de controles saudáveis usando a tomografia de coerência óptica (Optopol Revo NX SD OCT). Dentre os pacientes, 15 olhos apresentavam hamartoma astrocítico no fundo de olho e 10 olhos não apresentavam lesões. Em todos pacientes, eventuais lesões foram cuidadosamente localizadas ao exame do fundo de olho. Três olhos foram excluídos por apresentar lesão próximo ao disco óptico, o que poderia superestimar a espessura da CNFR. A média global da espessura da CNFR e as médias por quadrantes foram comparadas entre pacientes com ET e controles pelo teste de t de Student.
Resultado
A média global (± desvio padrão em micrometros) da CFNR no grupo ET foi significativamente mais fina do que aquela do grupo controle (114.81±11.53 vs. 123.3±9.86; p=0.05) (Tabela 1). Comparados ao grupo controle, olhos de pacientes com ET apresentaram CFNR peripapilar significativamente mais finos nos quadrantes superior (S) (144.68±20.5 vs. 162.4±17.03; p=0.02) e inferior (I) (143.24±17.47 vs. 161.9±16.67; p=0.006), mas não nos quadrantes nasal (p=0.87) e temporal (p=0.53) – Figura 1.
Conclusão
Comparado com controles, pacientes com ET apresentaram redução da espessura média da CFNR ao redor do disco. A espessura foi mais reduzida nos setores superior e inferior do disco óptico. Estes achados sugerem que existe também comprometimento subclínico da via óptica em pacientes com ET.