Código
RC001
Área Técnica
Catarata
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Liga Acadêmica de Oftalmologia de Rondônia
Autores
- VICTORIA COSTA LAVOR (Interesse Comercial: NÃO)
- BRUNA FRANCESCATO DE SOUZA (Interesse Comercial: NÃO)
- RAPHAEL CALIXTO PENATTI (Interesse Comercial: NÃO)
Título
A IMPORTANCIA DO ASTIGMATISMO REFRACIONAL NO PLANEJAMENTO DE LENTES INTRAOCULARES TORICAS
Objetivo
Considerando o papel fundamental das novas tecnologias para excelentes resultados refrativos e independência de óculos, desde que respeitadas indicações precisas para uso de cada tecnologia, descreve-se caso clínico pós facoemulsificação com implante de lente intraocular (LIO) de foco estendido (DFT015) em ambos os olhos (AO) com resultado refrativo divergente do esperado no planejamento pré-operatório, bem como interrogar o papel da refração pré-operatória no uso de lente intraocular tórica em pacientes com baixo astigmatismo corneano.
Relato do Caso
Paciente masculino, 70 anos, comparece ao consultório com queixa de baixa acuidade visual corrigida e desejo de independência de óculos após o procedimento proposto. Refração (Rx) de olho direito (OD) -0,25 -1,75 x 90 e olho esquerdo (OE) -0,50 -2,0 x 85. À biomicroscopia apresentou catarata nuclear 3+/4 em ambos os olhos (AO), sem demais alterações. Pressão intraocular (PIO) 17mmHg em AO. À fundoscopia, apresentou relação escavação/disco (E/D) 0,7 em AO e, por esse motivo, optou-se pelo uso de lentes não difrativas. Biometria óptica (IOLMaster 700) apresentou astigmatismo anterior -0,31D @ 37° em OD e -0,31D @ 82° em OE. À tomografia por scheimpflug (Pentacam), astigmatismo anterior de -0,5 D @ 150° em olho direito e -0,4D @ 20° em olho esquerdo. Cálculos realizados através de Barrett toric, não indicou uso de LIO tórica em ambos os olhos. No 45° dia pós operatório, paciente apresentou Rx OD -1,0 x 105° e OE -1,0D x 60°, divergindo do programado no pré-operatório, onde esperava-se emetropia.
Conclusão
O caso clínico apresentado traz a oportunidade de discussão acerca do uso de lente intraocular tórica, em casos que o paciente apresenta astigmatismo refracional, quando não há astigmatismo evidenciado na biometria ou tomografia corneana e de qual seria o papel da refração manifesta nas calculadoras atuais.