Código
RC028
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Visão Laser
Autores
- JOAO MARCELO CECILIO RIBEIRO (Interesse Comercial: NÃO)
- Guilherme Novoa Colombo Barboza (Interesse Comercial: NÃO)
- Luiz Antonio de Brito Martins (Interesse Comercial: NÃO)
Título
REABILITAÇAO VISUAL APOS DESCOMPENSAÇAO CORNEANA POR IMPLANTE IRIANO COSMETICO
Objetivo
Relatar um caso de transplante corneano após descompensação por retirada de prótese iriana cosmética
Relato do Caso
Mulher, branca, 33 anos. Queixa de embaçamento visual e dor em olho esquerdo (OE) há 3 meses. Relata ter feito implante de íris artificial com fins estéticos há 5 anos. Desde então, assintomática e há 3 meses apresenta quadro de embaçamento visual e dor em OE. Ao exame ocular: AVcc 20/40 e 20/80. Pressão Intraocular (PIO) 27 e 29 mmHg. Biomicroscopia(BIO): prótese de íris AO, edema corneano 1/4+ olho direito (OD) e 1/4+ OE. Fundoscopia: escavação 0,5-0,5 AO. Introduzido prednisolona 1% e programado explante de íris. Paquimetria 545 e 623, microscopia especular 823 células OD e OE impossível a contagem celular, OCT prótese iriana AO impossibilitando visualização de estruturas posteriores. Após procedimento, apresentou atrofia iriana setorial 2,4 e 9 h com discoria 09h e edema corneano 1/4+ OD e atrofia iriana setorial às 3 e 5h, discoria às 08h e edema 1/4+ OE, gonioscopia: sinéquias 360 AO. Após 60 dias retorna com queixa de embaçamento visual OE. À BIO: ceratopatia bolhosa OE, AVcc: 20/30 e 20/400. Paciente encaminhada para transplante de córnea em OE, por descompensação levando a ceratopatia bolhosa. Procedimento realizado sem intercorrências. Após 15 dias retorna assintomática, AVcc: 20/40 OE, à BIO: edema corneano 2+, PIO OE: 16mmHg.
Conclusão
Próteses irianas objetiva o tratamento de patologias como: colobomas, aniridia e defeitos traumáticos. Embora há uma tendência de usá-los para fins estéticos. Descompensação corneana, ceratopatia bolhosa, perda visual, uveíte anterior e hipertensão ocular são complicações recorrentes pela proximidade entre onde os implantes estão localizados e estruturas adjacentes. A prioridade no tratamento é remover a prótese a fim de cessar os sintomas, embora o paciente se encontre ainda susceptível às complicações tardias. As altas taxas de complicações associadas à procedimentos estéticos significa que médicos devem desencorajá-la e fazer com que os pacientes reconsiderem a necessidade.