Sessão de Relato de Caso


Código

RC126

Área Técnica

Oculoplástica

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Centro Oftalmológico Hospital Dia Cáceres - COC

Autores

  • CAMILA AZEVEDO (Interesse Comercial: NÃO)
  • André Luis Borba da Silva (Interesse Comercial: NÃO)
  • WAGNER NAVES (Interesse Comercial: NÃO)

Título

RELATO DE CASO CLINICO: TUMOR FIBROSO SOLITARIO – REGIAO ORBITARIA ESQUERDA

Objetivo

Relatar o caso de uma paciente diagnosticada com tumor fibroso solitário, na região orbitária esquerda. Trata-se de uma neoplasia de células fusiformes fibroblásticas pouco frequente, que raramente apresenta metástase. É encontrada em adultos de meia idade, sem predileção por gênero. Se apresenta com proptose indolor unilateral, diplopia e massa palpebral palpável. Na TC ou RNM observa-se lesões aparentemente homêgeneas, bem circunscritas, que captam contraste, mas que não produzem alterações ósseas, localizadas no espaço extracônico. O tratamento do TFS da órbita, tanto em casos primários como recorrentes, corresponde à completa excisão da lesão.

Relato do Caso

Mulher, 34 anos, raça parda, com um quadro de proptose indolor, progressiva do olho esquerdo, há 2 anos. Exame oftalmológico sem alterações. TC das orbitas, revelou formação expansiva sólida, homogênea, ovalada e de limites bem definidos, em situação retro orbitária à esquerda. Medindo cerca de 2,6x2,4 x 1,9 cm, condicionando proptose do globo ocular esquerdo. Sem sinais de invasão das estruturas adjacentes e sem sinais de extensão extra orbitária. Após exérese do tumor, paciente apresentou melhora imediata da proptose, não apresentou diplopia ou outras alterações oftalmológicas. O exame anatomopatológico revelou o parecer de tumor fusocelular, e o imunohistoquímico, deu o parecer de TFS. Seu painel de anticorpos revelou antígeno STAT6 anticorpo EP325 com resultado positivo e antígeno CD34 anticorpo QBEnd10 positivo. Chegando à conclusão de que o conjunto de achados favorece o diagnóstico de TFS.

Conclusão

O tratamento de escolha foi a exérese completa do tumor, pela técnica de orbitotomia lateral transconjuntival. A cirurgia foi fundamental para melhora clínica e também para um diagnóstico mais assertivo do quadro. Exames de imagem como TC auxiliam no diagnóstico e na programação da abordagem cirúrgica, porém não apresentam sinais patognomônicos do TFS. Estudos mostram grande recorrência desses tumores, em pacientes que não realizam excisão completa do tumor.

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