Código
RC043
Área Técnica
Doenças Sistêmicas
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Autores
- PEDRO FERNANDES SOUZA NETO (Interesse Comercial: NÃO)
- DANIEL CHALHOUB COELHO LIMA (Interesse Comercial: NÃO)
- DANIEL D'CARLOS GONÇALVES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
PARACOCCIDIOIDOMICOSE CUTANEA COM ENVOLVIMENTO CORIORRETINIANO – RELATO DE CASO
Objetivo
RELATAR CASO DE PARACOCCIDIOIDOMICOSE CUTÂNEA COM ENVOLVIMENTO CORIORRETINIANO.
Relato do Caso
PACIENTE MASCULINO, 58 ANOS, TRABALHADOR DE ZONA RURAL, ETILISTA E TABAGISTA, COM DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO DE PARACOCCIDIOIDOMICOSE HÁ APROXIMADAMENTE 4 ANOS. INICIOU TRATAMENTO EM UNIDADE DE ORIGEM, PORÉM IRREGULAR. INTERNADO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGAR SANTOS EM NOVEMBRO DE 2021 PARA TRATAMENTO COM ANTIFÚNGICO SISTÊMICO DEVIDO A BAIXA RESPOSTA AO ANTIFÚNGICO ORAL. À ADMISSÃO FOI SOLICITADA AVALIAÇÃO OFTALMOLÓGICA POR PRESENÇA DE LESÕES PALPEBRAIS. AO EXAME, ACUIDADE VISUAL OD (OLHO DIREITO) 20/20P E OE (OLHO ESQUERDO) 20/20. LESÃO EM PÁLPEBRA SUPERIOR DIREITA NODULAR, MEDIAL, DE ASPECTO INFILTRATIVO, MADAROSE MEDIAL SUPERIOR E INFERIOR, DESLOCAMENTO DE PONTO LACRIMAL INFERIOR SUPERIORMENTE. OCLUSÃO OCULAR PARCIALMENTE PRESERVADA À DIREITA. BIOMICROSCOPIA ANTERIOR DE OD HAVIA PRESENÇA DE CERATITE DISCRETA. À FUNDOSCOPIA DE OD SEM LESÕES, PORÉM AO EXAME DE OE FORA NOTADA LESÃO BRANCO-AMARELADA ELEVADA DE DIMENSÃO APROXIMADA DE ½ ÁREA DE DISCO SUPERO-TEMPORAL À MÁCULA COM PRESENÇA DE EXSUDATOS DUROS PERILESIONAL E MICROHEMORRAGIAS(FIG1). À ANGIOFLUORESCEÍNOGRAFIA EVIDENCIOU EXTRAVASAMENTO DE CONTRASTE LOCAL(FIG2). À TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA MOSTROU LESÃO CORIORRETINIANA COM DESORGANIZAÇÃO DAS CAMADAS RETINIANAS COM CARACTERÍSTICAS DE LESÃO FÚNGICA(FIG3). DURANTE O INTERNAMENTO EVOLUIU COM LESÃO RENAL AGUDA ATRIBUÍDA A ANFOTERICINA, APÓS 15 DIAS DE USO, TROCADO POR SULFAMETOXAZOL-TRIMETROPIMA, ATÉ MELHORA DAS LESÕES CUTÂNEAS. AVALIADO SEMANALMENTE NO SETOR DE RETINA COM MELHORA PROGRESSIVA DA LESÃO CORIORRETINIANA DE OE(FIG 4 – 5), FEITO DIAGNÓSTICO PRESUMIDO DE CORIORRETINITE POR PARACOCCIDIOIDOMICOSE. SEGUE EM ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL.
Conclusão
PARACOCCIDIOIDOMICOSE DEVE SER AVENTADA COMO DIAGNÓSTICO EM PACIENTES QUE VIVEM EM ÁREAS ENDÊMICAS. APESAR DE RARA, A DISSEMINAÇÃO OCULAR DEVE SER CONSIDERADA EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO PRÉVIO DO FUNGO. AVALIAÇÃO PRECOCE E TERAPIA ADEQUADA SÃO A BASE PARA EVITAR COMPLICAÇÕES VISUAIS GRAVES.