Código
P49
Área Técnica
Glaucoma
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Centro de Estudos e Pesquisa da Visão (HOFTALON)
Autores
- VANESSA PEREZ (Interesse Comercial: NÃO)
- JÉSSICA QUEIROZ SOARES (Interesse Comercial: NÃO)
- VANESSA TOTTI FIRMIANO (Interesse Comercial: NÃO)
- CAMILA MAYUMI KIMURA (Interesse Comercial: NÃO)
- RUI BARROSO SCHIMITI (Interesse Comercial: NÃO)
Título
INFLUENCIA DA AUTOPERCEPÇAO DA DOENÇA NA ADESAO AO TRATAMENTO EM PORTADORES DE GLAUCOMA EM UM HOSPITAL DO PARANA
Objetivo
Verificar o conhecimento e percepção dos pacientes portadores de glaucoma em relação a sua patologia e a adesão ao tratamento proposto.
Método
Realizou-se um estudo transversal através da aplicação de questionários em pacientes com glaucoma no HOFTALON, de junho a julho de 2021. Os parâmetros avaliados foram sexo, idade, escolaridade, percepção do paciente acerca da doença (Questionário de Percepção de Doenças Versão Breve – Brief IPQ Modificado) e adesão ao tratamento clínico (Escala de adesão terapêutica de Morisky modificada). Os dados foram submetidos a análise estatística.
Resultado
Foram avaliados um total de 80 pacientes em tratamento para glaucoma. O sexo feminino foi predominante, com 71,2%. A maioria dos pacientes (68,7%) possuíam mais de 60 anos. 78,7% tinham nível de escolaridade até ensino fundamental. 62,5% dos pacientes foram estabelecidos como não aderentes, sendo a maioria dentre todas as faixas etárias avaliadas. Os pacientes com percepção prejudicada sobre sua doença também foram maioria, 65,0%. Tanto os pacientes com boa adesão ao tratamento quanto os não aderentes detiveram uma percepção precária acerca do glaucoma.
Conclusão
Não houve diferença estatisticamente significativa entre a autopercepção da doença e adesão ao tratamento em portadores de glaucoma na amostra estudada. A maioria dos pacientes era do sexo feminino, acima de 60 anos, e de baixa escolaridade. Apesar de aspirarmos a comparação entre os grupos de forma igualitária, houve várias limitações relacionadas a pandemia do COVID-19 que inviabilizaram tal feito. No entanto, é fundamental que mais estudos sejam feitos envolvendo a população com glaucoma em virtude da gravidade das sequelas inerentes ao diagnóstico tardio e baixa adesão ao tratamento.