Código
RC188
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
Autores
- LUCAS MEDRADO LUZ (Interesse Comercial: NÃO)
- Millane Vieira Santos (Interesse Comercial: NÃO)
- Tiago de Assis Quitério (Interesse Comercial: NÃO)
Título
DISTROFIA MACULAR OCULTA: UM RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar o caso de uma paciente jovem com queixa de baixa acuidade visual bilateral progressiva e diagnóstico de Distrofia Macular Oculta (DMO).
Relato do Caso
Paciente feminino, 36 anos, hipotireoidea, foi atendida em consulta oftalmológica ambulatorial no HC-UFTM com queixa de baixa acuidade visual para longe, bilateral, progressiva, nos últimos 2 anos. Ao exame, apresentava melhor acuidade visual (AV) 0,5 olho direito (OD) e 0,2 olho esquerdo (OE). Pressão intraocular de 12 em ambos os olhos. Biomicroscopia sem alterações. Na fundoscopia foi questionada uma atrofia macular e encaminhada para departamento de retina do serviço. A Tomografia de coerência óptica (OCT) apresentou redução na camada neurossensorial da retina e interrupção na camada de segmentos internos e externos de fotorreceptores (IS/OS). Angiofluoresceinografia (AF) sem alterações maculares. Na reavaliação após 18 meses a AV era de 0,3 no OD e 0,1 no OE, sem alterações significativas nos exames de OCT e AF. Mantida conduta expectante e seguimento periódico.
Conclusão
A DMO, também chamada Distrofia central de cones, é uma entidade rara, descrita em 1989, sem predileção por sexo. Caracteriza-se por um diminuição progressiva e bilateral da AV, fotofobia, diminuição visão cromática e perda de sensibilidade ao contraste. Fundo de olho sem alterações e AF normal. Tem transmissão autossômica dominante com idade de apresentação entre a 2ª e 7ª década. A OCT mostra diminuição da espessura da fóvea, fundamentalmente da camada nuclear externa. Diagnósticos diferenciais incluem: distrofia macular padrão, buraco macular, degenaração actínica e solar.
ANVISA: 25352012367201880