Código
RC182
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Instituto Suel Abujamra
Autores
- ISABELA FELTRIN ROMANO (Interesse Comercial: NÃO)
- PAULO HENRIQUE DE HORIZONTE (Interesse Comercial: NÃO)
- André Marcelo VIeira Gomes (Interesse Comercial: NÃO)
Título
CORIORRETINOPATIA HEMORRAGICA EXSUDATIVA PERIFERICA
Objetivo
Relatar um caso de Coriorretinopatia hemorrágica exsudativa periférica.
Relato do Caso
Mulher,80 anos, hipertensa, com histórico de trauma ocular em olho direito(OD)na infância e vitrectomia em olho esquerdo(OE) há 6 anos devido hemorragia vítrea. Refere baixa de acuidade visual (AV)em OE há 1 semana. AV com correção: OD:Movimento de mãos, OE:20/80.Biomicroscopia OD: Leucoma corneano paracentral e catarata total.OE: Pseudofacia. Fundoscopia OD:Impossível; OE: Vítreo claro, mobilização de pigmento,lesão amarelada às 3h, associado à hemorragia sub-retiniana nas bordas.Ultrassonografia OD:lesão sobrelevada em periferia temporal com superfície irregular e ecos irregulares;papila ligeiramente elevada. OE: Abundante córtex vítreo móvel na cavidade, lesão sobrelevada na periferia temporal, muito irregular e interior acusticamente heterogêneo.
Conclusão
Coriorretinopatia hemorrágica exsudativa periférica(PEHCR) é um processo degenerativo incomum, normalmente bilateral e simétrico, em pacientes mais idosos e caucasianos geralmente.Se caracteriza por mobilização ou atrofia de epitélio pigmentar da retina (EPR),exsudação ou hemorragia sub-retiniana e raramente hemorragia vítrea. A PEHCR pode simular um processo inflamatório, macroaneurisma e até mesmo um melanoma de coroide. Ela geralmente se apresenta como uma massa elevada, normalmente temporal, entre o equador e ora serrata e envolve 1 ou 2 quadrantes. Enquanto que no melanoma a massa se localiza normalmente entre mácula e equador e afeta menos que 1 quadrante, além de ser uma lesão mais comumente unilateral. Muitos olhos com PEHCR apresentam características degenerativas maculares ou periféricas, tais como drusas, alteração de EPR e neovascularização coroidal. A maioria se resolve espontaneamente, permanecendo atrofia e hiperplasia de EPR, além de fibrose. O presente caso trata-se de uma mulher, branca, idosa, com achados fundoscópicos e ultrassonográficos que simulam melanoma de coróide, entretanto ela apresenta características clínicas e epidemiológicas que corroboram para o diagnóstico de PEHCR.
ANVISA: 25352012367201880