Sessão de Relato de Caso


Código

RC281

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Instituto de Previdência Servidores de MG (IPSEMG)

Autores

  • MARCOS FILIPE DE ALMEIDA ANDRADE (Interesse Comercial: NÃO)
  • Alexandre Amaral Yung (Interesse Comercial: NÃO)
  • Juliana Merlin Cenedezi (Interesse Comercial: NÃO)

Título

TUBERCULOSE OCULAR PRESUMIDA

Objetivo

Mostrar os desafios do diagnóstico de tuberculose ocular.

Relato do Caso

CCSF, feminino, 45 anos, auxiliar de serviços gerais de um hospital referência em infectologia, admitida em fevereiro/2019 com BAV e dor em OE iniciados 3 dias antes. Sem sintomas respiratórios, febre ou sinais consumptivos nos meses anteriores. Ao exame oftalmológico apresentava acuidade visual corrigida de 20/20 em OD e CD à frente do rosto em OE; discreto DPAR em OE; versões normais; córnea guttata AO e sinais de esclerite temporal inferior (TI) de OE à biomicrosopia; PIO de 13 mmHg em AO; fundoscopia em OE com coroidite multifocal, exsudação macular e lesão placóide elevada em região TI associada a descolamento seroso da retina adjacente. Propedêutica laboratorial com sorologias IgG + e IgM - para toxoplasmose, CMV e rubéola. VDRL e HIV negativos. ECA e lizosima negativas. PPD de 24mm. Eco-B com lesão granulomatosa em região TI e esboçamento do sinal do T. AGF pouco específica. Radiografia e TC de tórax sem alterações. Com esses dados e, levando-se em conta o perfil epidemiológico, foi suspeitada uveíte granulomatosa por tuberculose e esclerite em OE (tratada com Nepafenaco tópico e Indometacina oral). Paciente foi encaminhada ao serviço de pneumologia e iniciou terapia quádrupla com rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol conforme esquema preconizado pelo Ministério da Saúde. Evolução favorável do caso, com melhora da dor e da acuidade visual. Segue em acompanhamento ambulatorial.

Conclusão

A tuberculose é uma infecção granulomatosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Dentre as formas extra-pulmonares, podemos ter o envolvimento ocular, normalmente sem doença sistêmica clinicamente evidente. É endêmica em nosso país, com profundas raízes sociais, sendo um dos diagnósticos a serem considerados como etiologia de uveítes. Pelo grande espectro de apresentação em sua forma ocular, torna-se um desafio para o oftalmologista na sua prática diária. Assim, ressalta-se a importância da propedêutica multimodal nesses casos bem como a valorização da história epidemiológica.

Promotor

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