Código
P023
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Evangélico de Vila Velha
Autores
- PRISCILA TOLEDO CATEN (Interesse Comercial: NÃO)
- Thaís Gama Carlos (Interesse Comercial: NÃO)
- Patrícia de Paula Effgen (Interesse Comercial: NÃO)
- Manoel Vinícius Rocha Araki (Interesse Comercial: NÃO)
- Rodrigo Carvalho Amador (Interesse Comercial: NÃO)
- Fabiano Cade (Interesse Comercial: NÃO)
Título
COMPARAÇAO DAS CARACTERISTICAS BIOMICROSCOPICAS DE CORNEAS CONSERVADAS EM BANCO DE OLHOS EM DOIS DIFERENTES MEIOS DE PRESERVAÇAO
Objetivo
O objetivo do presente estudo é comparar as propriedades de conservação de córneas entre dois meios de preservação, o Optisol® GS e o Eusol-C®, por meio da análise das características biomicroscópicas do tecido corneano preservado.
Método
Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, qualitativo, utilizando a revisão dos prontuários de doadores de córnea captadas no período de abril de 2014 a julho de 2015, pelo Banco de Olhos do HEVV (BOHEVV). Um total de 294 córneas foram incluídas no estudo, 154 preservadas em Optisol® GS e 140 em Eusol-C®. Um total de 50 córneas foram excluídas do estudo por sorologias positivas ou infiltrados infecciosos. Todas as avaliações e classificações de córneas foram realizadas pelo exame de biomicroscopia em lâmpada de fenda por um dos dois médicos oftalmologistas avaliadores do BOHEVV.
Resultado
Não houve diferença significativa entre os avaliadores quanto a classificação das córneas (p = 0,8). As córneas de um mesmo doador preservadas em Eusol-C®, quando classificadas como tectônicas, apresentaram uma tendência dessa classificação ser tectônica em ambas as córneas (p = 0,004). No grupo do Optisol® GS essa tendência não foi observada, havendo uma maior possibilidade de uma das córneas ser classificada como óptica, mesmo a outra do par sendo tectônica. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos quanto ao edema estromal e a densidade endotelial. Estrias e dobras da descemet foram mais evidenciáveis no grupo do Eusol-C® (p < 0,00001). O número total de córneas classificadas como ópticas não foi estatisticamente diferente entre os meios (p = 0,052).
Conclusão
Neste estudo não foi possível demonstrar superioridade entre os meios quanto a classificação de córneas disponibilizadas para transplantes ópticos, entretanto percebeu-se uma tendência a uma melhor classificação biomicroscópica das córneas quando preservadas no grupo do Optisol®. Uma avaliação subsequente deve ser realizada para estudar o comportamento do tecido uma vez transplantado em receptores de córnea.