Código
RC208
Área Técnica
Uveites / AIDS
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: UFG
Autores
- MARINA SOUZA ROCHA (Interesse Comercial: NÃO)
- WIRLEY ALVES DE MENDONÇA JÚNIOR (Interesse Comercial: NÃO)
- BRUNA COSTA MONTEIRO HADLER (Interesse Comercial: NÃO)
Título
A IMPORTANCIA DO DIAGNOSTICO PRECOCE DE NEURORRETINITE SUBAGUDA UNILATERAL DIFUSA (DUSN): RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar um caso com diagnóstico presumível de Neurorretinite Subaguda Unilateral Difusa (DUSN) em sua fase tardia.
Relato do Caso
M.N.S.E., 14 anos, masculino, hígido, procurou o CEROF/UFG com queixa de baixa acuidade visual progressiva em olho esquerdo (OE) há 1 mês, sem outras queixas. Apresentava acuidade visual 20/20 em olho direito (OD), e conta dedos a 1 metro em OE. Sem alterações à biomicroscopia. À oftalmoscopia binocular indireta, observou-se afinamento vascular, pontos brancos difusos na retina (sinal de Garcia), alteração difusa do EPR e disco óptico com atrofia discreta. OD sem alterações. Eletrorretinografia sugestiva de disfunção retiniana difusa (de cones e bastonetes) em OE. Tomografia de coerência óptica da mácula do OE demonstrou atrofia retiniana. Com base na história clínica, achados oftalmológicos e exames complementares, foi feito o diagnóstico presumível de Neurorretinite Subaguda Unilateral Difusa (DUSN) fase tardia. A larva não foi localizada, tornando limitadas as possibilidades terapêuticas com sucesso. Devido ao estágio avançado de evolução da doença, mesmo tendo sido realizada tentativa de tratamento com Albendazol 400 mg por 30 dias, não houve melhora da acuidade visual.
Conclusão
É essencial considerar o diagnóstico de DUSN precocemente, por ser uma causa tratável de cegueira, principalmente em crianças e adultos jovens. A maioria dos pacientes são diagnosticados nessa fase, por não terem sido tratados adequadamente na fase inicial. O tratamento nas fases iniciais teria permitido a melhora da acuidade visual, mesmo que parcial, do paciente em questão.