Código
RC158
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre
Autores
- RAFAEL NEUMANN TAVARES (Interesse Comercial: NÃO)
- LUIZ AUGUSTO COSTA DA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
- VITOR BARZOTTO HEINRICH (Interesse Comercial: NÃO)
Título
MACULOPATIA SOLAR: RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar um caso clínico e descrever os achados de tomografia de coerência óptica (OCT) e angiografia fluoresceínica de paciente com maculopatia solar atendido no Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre
Relato do Caso
Paciente B.S.P, sexo feminino, 32 anos, previamente hígida, procurou atendimento oftalmológico com queixa de escotoma central e dor leve no olho direito, após observar eclipse solar sem proteção adequada, 3 semanas antes da data da consulta. Ao exame, apresentava acuidade visual com melhor correção de 20/40 no olho afetado (não identificava optotipos centrais), pressão intraocular dentro da normalidade e biomicroscopia sem alterações. À fundoscopia, apresentava alteração pigmentar na área central da mácula. Tal paciente foi prontamente avaliada com tomografia de coerência óptica, que evidenciou perda focal da retina externa e zona elipsoide. Membrana limitante externa e epitélio pigmentar retiniano foram poupados.
Conclusão
A maculopatia solar é uma rara afecção macular, que decorre geralmente da observação direta do sol ou de um eclipse solar. Acredita-se que o dano seja secundário à luz azul visível e a radiação ultravioleta A. Os achados fundoscópicos são geralmente bilaterais e variáveis, e nos casos mais leves, podem ser ausentes. A tomografia de coerência óptica, exame de grande importância nessa situação, pode demonstrar descontinuidade entre a camada de fotorreceptores e EPR. A angiografia fluoresceínica, na maioria dos pacientes, não demonstra nenhuma anormalidade tanto nas fases iniciais quanto tardias do exame. Não há tratamento conhecido para a maculopatia solar.