Sessão de Relato de Caso


Código: RC028

Área Técnica: Doenças Sistêmicas

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

  • Principal: Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte

AUTORES

  • BARBARA SOEIRO MONTEIRO (Interesse Comercial:NÃO)
  • Renata Amaral Sant'Anna (Interesse Comercial:NÃO)
  • Ana Drumond Cassimiro (Interesse Comercial:NÃO)

Título

HEMORRAGIA MACULAR EM PACIENTE COM DENGUE: RELATO DE CASO

Objetivo

Demonstrar a importância de se considerar a dengue na investigação das hemorragias vítreas e retinianas.

Relato do Caso

M.A.N., feminino, 46 anos, hipertensa, compareceu ao serviço de urgência da Clínica de Olhos da Santa Casa de BH em janeiro de 2016 com história de baixa acuidade visual súbita e visão de “mancha vermelha” em OD. Relatou quadro viral recente, provável dengue, e que percebeu tais sintomas ainda durante a infecção aguda. Negou uso de medicamentos, traumas e cirurgias oftalmológicas. Apresentou hemorragias vítrea e retinianas em OD, uma delas acometendo a mácula, inclusive a fóvea. As lesões foram documentadas por meio de retinografia e angiofluoresceinografia. As arcadas vasculares retinianas apresentaram-se fisiológicas em ambos os olhos e o OE não apresentou alterações à fundoscopia. Não havia sido solicitada contagem de plaquetas durante o quadro viral. Foram excluídas doenças que poderiam cursar com vasculite ou distúrbios de coagulação. Apresentou sorologia reagente para o vírus da dengue e 196.000 plaquetas e, como este exame fora realizado algumas semanas após o episódio viral, é provável que a contagem de plaquetas tenha atingido níveis inferiores a 150.000 durante a infecção aguda. Optou-se pelo acompanhamento clínico das lesões e a paciente evoluiu com reabsorção espontânea das hemorragias e piora inicial da visão no OD, seguida de melhora progressiva nas semanas subsequentes (20/70 na primeira consulta, CD 2 metros após quatro semanas e 20/70 seis semanas após o atendimento inicial). A paciente não compareceu à consulta subsequente e abandonou o tratamento.

Conclusão

A dengue, doença de elevada incidência no Brasil, pode cursar com plaquetopenia e deve ser considerada, juntamente com outras doenças caracterizadas por distúrbios de coagulação, como um diagnóstico diferencial das hemorragias vítreas e retinianas.


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